Todos os dias quando pego o jornal a primeira coisa que faço é limpá-lo.
Jogo fora tudo que não me interessa: classificados, caderno de automóveis, fanzines, etc, dependendo do dia da semana a pilha de papel é maior ou menor.
Depois dessa “esvaziada” é que começo a ler as notícias.
Assim como eu,muitas pessoas também fazem essa seleção diariamente.
E o destino do que não interessa no jornal é o mesmo: lixo.
Só que no momento em que jogo aquele bolo de papel intocado fora, sinto um certo mal estar, um incômodo pelo desperdício, pela inutilidade daquelas folhas , pela árvore cortada à toa, pela tinta gasta, pela energia despendida, pelo trabalho envolvido para que aquelas folhas chegassem até mim.
Venho remoendo isso há tempos.
Gostaria de propor aos jornais brasileiros uma maneira de economizar papel num momento de grande preocupação com o desperdício, a situação do lixo e o meio ambiente.
Os jornais poderiam ter a atitude revolucionária de enviar um questionário
( via e mail preferencialmente) aos assinantes, onde eles informariam quais os cadernos não têm interesse em receber diariamente.
E quando houvesse a necessidade de receber um dos cadernos dispensados do recebimento diário, bastaria ligar para central ou enviar um e mail solicitando o recebimento pelo período necessário.
Alguns desses cadernos só são utilizados esporadicamente: durante a procura de um imóvel por exemplo, ninguém passa a vida inteira procurando casa para comprar ou alugar.
Assim, cada assinante passaria a receber o jornal sem as partes inúteis, um jornal mais “magro”, e ecologicamente correto.
Nas bancas os jornais poderiam ter preços diferenciados : com e sem classificados, mesmo sendo uma pequena diferença , já valeria a pena pela questão ambiental.
O consumidor passa a pagar pelo que tem interesse, para o que de fato será consumido.
Sei que os anúncios de classificados também sustentam o jornal e que essa atitude talvez pudesse assustar os anunciantes, mas o marketing seria mais direcionado, o anúncio iria para quem de fato esta interessado em comprar, um marketing direto.
Seria uma atitude responsável dos jornais contra o desperdício.
O veículo cumpriria um importante papel na sociedade, mostrando na prática uma medida de diminuir o lixo, um exemplo para o mundo.
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