terça-feira, 28 de outubro de 2008

O sacro oficio e o Sacrificio


A executiva dizia na matéria: - só durmo três horas por noite, tenho um quarto e faço questão de um closet no trabalho pois as vezes durmo lá mesmo ou saio direto para um evento importante; A fala dela era orgulhosa, as fotos e as manchetes da matéria enalteciam essa atitude, essa maneira de viver; essa mulher é rica, vive muito bem financeiramente, já atingiu um patamar ótimo; diz que não tem namorados, nem tem tempo para isso, e nem quer ter; é rigorosa com os funcionários, durona e difícil, sabe que alguns tem medo dela, e se orgulha disso; não tem tempo para nada, a não ser para ir nas festinhas da neta.....

fiquei lendo aquilo sabadão na praia , no sol quentinho, e pensando................meu Deus isso é vida ????

Isso é felicidade ?

definitivamente esse life style não me pega;

Achei um discurso tão old school de ser... tão demodê, ainda se enobrece e exalta esse perfil workaholic sem vida ???

isso ainda é valorizado, está na moda ??

Nossa.........................

cada vez mais acredito que nosso trabalho deve estar interligado a nossa vida no sentido do prazer que ele proporciona, em ser um oficio gostoso de se cumprir, um "sacro oficio" e não um sacrifício. sacro vem de sagrado, da sua missão, daquele lugar onde você realiza o seu melhor, como missão, do seu oficio , como algo a aprender e ensinar, onde você casa com você.

Mas isso claro é o ápice, é uma busca, é quando você atinge o ideal no profissional.

Mas quando você atinge esse estado você age como um mestre, um líder que lidera no ensino, no exemplo, no amor e não no medo,

Quando vejo chefes que atuam no medo, no grito, na perversidade, imagino o quanto devem estar insatisfeitos nesse lugar, o quanto devem ser infelizes por estarem agindo dessa maneira.

Mas enfim....há de chegar o dia em que as empresas de fato estarão mais humanizadas, trabalhando no igual e não na diferença, na horizontal e não na vertical, acreditando no potencial de cada um com suas individualidades e não na diminuição;

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